sexta-feira, 30 de maio de 2014

Mais-que-amor

Aqueles trabalhos que não constroem prédios, podem ser os mais difíceis de tecer. Requerem inspiração, solidão ou quietude, como lhe queiram chamar.
Mas ficar a trabalhar até metade da madrugada adentro é coisa que se passou a apoderar de mim sem eu nunca me apoderar desse desejo. Que não, não o tenho e desejo por tudo ter mais inspiração para escrever pela manhã.

Mas a obra tinha de ser escrita e ontem tive de conter o desejo e ficar até mais tarde.
Entrei no quarto em pés de lã e quase voei de tão alto que o meu sorriso se elevou.
Ali estava ele, no meu lado da cama, agarrado à minha almofada ... Sim no meu lado da cama, aquele que eu, contestatária mor, reclamo como meu, minha conquista, minha terra dos sonhos.
Entrei pelo outro lado e ali fiquei a rir que nem perdida. Sim, nos dias de banco sei que ele recheia a cama de almofadas para "fingir" que eu estou lá. Mas nestes, em que me sabe ali ao lado, não lhe sei ver uma outra maneira tão genuína de me fazer sentir mais que amada.

Amor, amor não vale de nada, se não te sentires mais-que-amada ...

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