... desejo-vos um dos bem DOCE
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
terça-feira, 24 de dezembro de 2013
O meu ano em revista de imagens
Ao planear a viagem a Paris e ainda antes de marcar grandes marcos, como a famosa Torre, a Catedral e os Palácios e Museus por todos visitados, assinalei esta livraria.
Pitoresca. Típica. E com um cheiro indescritível.
Pequena. Exígua a ponto de não termos muita liberdade para lá andarmos a ver os livros antigos com muita atenção.
Mas deu para cheirar e atrasar o passo, para cheirar novamente, um fôlego de livros antigos.
Aconselho vivamente.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Estudar, estudar, estudar
O meu mote. O meu degrau para subida, ou melhor para mudança. Não interessa se será subida profissional ou não.
Mas quando o nosso barco está encalhado no cais de uma praia deserta há que estudar engenharia.
É a única matéria de estudo que nos pode levar dali para fora ...
Mas quando o nosso barco está encalhado no cais de uma praia deserta há que estudar engenharia.
É a única matéria de estudo que nos pode levar dali para fora ...
domingo, 22 de dezembro de 2013
sábado, 21 de dezembro de 2013
Dos dias de festa ...
Surpreende-me sempre o caminho que algumas pessoas tomam.
O mais fácil e que parece mais saboroso. As gulodices que engolem em troca de uma semi-sensação de bem estar.
O amor, a paixão, o conforto, sempre me preencheram por completo.
Chego a casa às 09, por vezes dez da noite e nem eu, nem ele jantamos ainda.
À resposta do: o que queres para jantar?, segue-se um não tenho fome, quase sempre.
Estamos bem os dois. Estamos lindamente. O que corre mal é lá fora. Mas não é certamente, por umas coisas correrem bem e as outras não tanto, que chego a casa a devorar fotografias de doces e em seguida mergulhar as mãos em pacotes de batatas e aperitivos.
Destes dias de festa também não. Nunca serei feliz se andar a vida inteira a lutar contra o peso e como o caminho se faz andando, conhecendo o que nos faz mal, deveria ser suficiente para não o fazer.
Ao longo deste ano, mais para o fim, especificando bem as datas, desiludi-me com a cantiga de felicidade falsamente emanada por uma pessoas que se apregoa feliz e depois, no fim, bem espremida, tudo o que consegui retirar dela foi um grande hambúrguer, cheio de mostrada, ketchup e batatas a acompanhar.
E, continuando a acompanhar essa mesma pessoa, por aquilo que escreve, ainda vou acrescentando uns panados fritos e coisas do género.
Já não vou lá, ver diariamente o que ela escreve. Desiludiu-me.
A felicidade é mais o que eu sinto e o que eu partilho. Não um estado de espírito que devora natas com mirtilos ou tartes de limão com compota a trespassar as bordas
O mais fácil e que parece mais saboroso. As gulodices que engolem em troca de uma semi-sensação de bem estar.
O amor, a paixão, o conforto, sempre me preencheram por completo.
Chego a casa às 09, por vezes dez da noite e nem eu, nem ele jantamos ainda.
À resposta do: o que queres para jantar?, segue-se um não tenho fome, quase sempre.
Estamos bem os dois. Estamos lindamente. O que corre mal é lá fora. Mas não é certamente, por umas coisas correrem bem e as outras não tanto, que chego a casa a devorar fotografias de doces e em seguida mergulhar as mãos em pacotes de batatas e aperitivos.
Destes dias de festa também não. Nunca serei feliz se andar a vida inteira a lutar contra o peso e como o caminho se faz andando, conhecendo o que nos faz mal, deveria ser suficiente para não o fazer.
Ao longo deste ano, mais para o fim, especificando bem as datas, desiludi-me com a cantiga de felicidade falsamente emanada por uma pessoas que se apregoa feliz e depois, no fim, bem espremida, tudo o que consegui retirar dela foi um grande hambúrguer, cheio de mostrada, ketchup e batatas a acompanhar.
E, continuando a acompanhar essa mesma pessoa, por aquilo que escreve, ainda vou acrescentando uns panados fritos e coisas do género.
Já não vou lá, ver diariamente o que ela escreve. Desiludiu-me.
A felicidade é mais o que eu sinto e o que eu partilho. Não um estado de espírito que devora natas com mirtilos ou tartes de limão com compota a trespassar as bordas
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Deve ser de mim ...
Sou só eu que acho que Portugal está todo a emigrar ... ?????
... para os centros comerciais???
E eu não posso querer mais ...
Hoje tenho um sunny day,
tenho wild flowers que comprei e vou compor um lindo vaso (um lindo vaso é tudo o que a minha varanda me permite)
Tenho uma sexta-feira
e estou de férias.
tenho wild flowers que comprei e vou compor um lindo vaso (um lindo vaso é tudo o que a minha varanda me permite)
Tenho uma sexta-feira
e estou de férias.
[tenho ainda o espírito livre,
a sensação de dever cumprido,
o peito cheio de esperança, de que o pequeno passo dado ontem
seja um grande futuro para a minha descendência]
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Dos dias de fúria
Há dias em que o mundo nos cai em cima e derruba.
Tal como quando algo se avaria, temos por norma usar a expressão: "O material tem sempre razão", também nestas coisas da vida uso sempre a expressão: "O mundo monta sempre a conjuntura a nosso favor", e por isso, às vezes, é preciso sair do sítio onde poisamos, olhar para cima e ver as oportunidades.
Isto é tão banal, meu Deus, que nem sei por estou para aqui a dizer mais do mesmo. Mas hoje, minha gente, hoje tenho a oportunidade de ir pedir. Pedir, pedir, pedir. Engolir a merda do orgulho que faz parte deste feitio de treta que tenho e pedir para seguir outra via.
A via que sigo pode ser realizada tantas outras vezes, noutros tantos sítios, em cem mil de outras oportunidades.
Esta nova via vai dar-me novos desafios, novos estudos a realizar e com eles conhecimentos. E calma. Calma, minha gente que o caminho faz-se andando.
Agora parece-me um retrocesso. Aliás a todos irá parecer. Mas não é certamente, trabalhar-se contrariado diariamente, empurrado de culpas que se não tem em mil e duas situações, que me levará à felicidade. Certamente que não.
Deixa preparar o caminho para que um novo ano comece de uma forma mais simples, mais amena e mais feliz, preparando a vinda daquela que tanto espero ...
Tal como quando algo se avaria, temos por norma usar a expressão: "O material tem sempre razão", também nestas coisas da vida uso sempre a expressão: "O mundo monta sempre a conjuntura a nosso favor", e por isso, às vezes, é preciso sair do sítio onde poisamos, olhar para cima e ver as oportunidades.
Isto é tão banal, meu Deus, que nem sei por estou para aqui a dizer mais do mesmo. Mas hoje, minha gente, hoje tenho a oportunidade de ir pedir. Pedir, pedir, pedir. Engolir a merda do orgulho que faz parte deste feitio de treta que tenho e pedir para seguir outra via.
A via que sigo pode ser realizada tantas outras vezes, noutros tantos sítios, em cem mil de outras oportunidades.
Esta nova via vai dar-me novos desafios, novos estudos a realizar e com eles conhecimentos. E calma. Calma, minha gente que o caminho faz-se andando.
Agora parece-me um retrocesso. Aliás a todos irá parecer. Mas não é certamente, trabalhar-se contrariado diariamente, empurrado de culpas que se não tem em mil e duas situações, que me levará à felicidade. Certamente que não.
Deixa preparar o caminho para que um novo ano comece de uma forma mais simples, mais amena e mais feliz, preparando a vinda daquela que tanto espero ...
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
You should not put me down again
Há pessoas tóxicas. E as que intoxicam.
Raramente somos aniquilados pelas tóxicas. Essas, fazem-se saber.
As que intoxicam, reptilizam. Sugam o interior de nós próprios, no calor de um beijo que anunciam doce.
Vil cobra a que me entrelaça.
E eu, que nunca fui de muito aconchego, conseguirei libertar-me?
[e às vezes penso se este mundo não pára para este tipo de pessoas]
E a partir dali, soubera-o amável
Amável como verbo, não como adjectivo.
Propusera-lhe um jantar a meio de Dezembro. Frio de rachar, calçada do bairro acima e abaixo.
Tiveram dificuldade em lhe encontrar o local para jantar.
Ele já conhecera o restaurante. Ela, apenas teria dele, ouvido falar.
De gola alta, casaco comprido e pernas à mostra, envoltas nuns collants finos, mais transparentes que aconchegantes, sorriso amarelo e um solto: eu ainda aguento. Se era com ele, ela aguentaria.
Dele gostava-lhe a apresentação e o interior prometera-lhe algo que sempre ousara não verbalizar.
Do jantar, não se recordava do sabor. Apenas visualizava as gargalhadas que tinham dado, durante o mesmo. O calor do restaurante e as luzes de Natal que piscavam por detrás dele.
Na hora da sobremesa, o garçon aproximara-se com uma carta de doces.
Ele pedira-lhe:
- Uma fatia de melancia, fresca e rosa, se faz favor!
E ali começara, a vida deles, amados e sorridentes ...
Propusera-lhe um jantar a meio de Dezembro. Frio de rachar, calçada do bairro acima e abaixo.
Tiveram dificuldade em lhe encontrar o local para jantar.
Ele já conhecera o restaurante. Ela, apenas teria dele, ouvido falar.
De gola alta, casaco comprido e pernas à mostra, envoltas nuns collants finos, mais transparentes que aconchegantes, sorriso amarelo e um solto: eu ainda aguento. Se era com ele, ela aguentaria.
Dele gostava-lhe a apresentação e o interior prometera-lhe algo que sempre ousara não verbalizar.
Do jantar, não se recordava do sabor. Apenas visualizava as gargalhadas que tinham dado, durante o mesmo. O calor do restaurante e as luzes de Natal que piscavam por detrás dele.
Na hora da sobremesa, o garçon aproximara-se com uma carta de doces.
Ele pedira-lhe:
- Uma fatia de melancia, fresca e rosa, se faz favor!
E ali começara, a vida deles, amados e sorridentes ...
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Ser escritor em Portugal vs publicar um livro em Portugal
Podia quase confundir-se com inveja, mas não, não o é de facto. Apenas não tenciono nesta vida e enquanto eu for dona da mesma, comprar e muito menos ler um livro escrito pelo dono(a) de um blog.
Para mim não são escritores. São pequenos atiradores de ideias o que, na minha singela opinião, não os torna CAÇADORES de ideias.
Como em toda a regra, ponho claro, uma excepção. Há na blogosfera uma única pessoa, verdadeiramente dotada do dom da escrita e caçadora de ideias. Alguém que com elas brinca e faz textos maravilhosos, capazes de me fazerem ir à China, se preciso fosse, para ler as suas publicações.
CF será a única blogger ou o que lhe queiram chamar, capaz de me fazer comprar um livro seu.
E lê-lo (devorá-lo), certamente.
Para mim não são escritores. São pequenos atiradores de ideias o que, na minha singela opinião, não os torna CAÇADORES de ideias.
Como em toda a regra, ponho claro, uma excepção. Há na blogosfera uma única pessoa, verdadeiramente dotada do dom da escrita e caçadora de ideias. Alguém que com elas brinca e faz textos maravilhosos, capazes de me fazerem ir à China, se preciso fosse, para ler as suas publicações.
CF será a única blogger ou o que lhe queiram chamar, capaz de me fazer comprar um livro seu.
E lê-lo (devorá-lo), certamente.
Bom dia, dizem as minhas amigdalas
... a quererem comprimidos do tamanho de supositórios !!!
cruzessssssssssss!!!
cruzessssssssssss!!!
domingo, 15 de dezembro de 2013
Não fazer nada ...
... porque é Domingo, e é o mais próximo que poderia estar de fazer tudo o que preciso por mim.
[ide descansar e esquecer as fotos que tendes de por no facebook, ide]
sábado, 14 de dezembro de 2013
Dos presentes de Natal, aquilo que eu mais preciso ...
... é perder o medo, ganhar a coragem de me introduzir dentro dos meus patins em quatro e rolar ... rolar ... rolar até ficar tonta de tanto rodopiar.
Tenho uns. Comprados há 8 anos. Caí duas vezes. Andei neles três.
Quanto de parva posso ter, alegre a contemplá-los, sem saber o que fazer, para neles me envolver
Tenho uns. Comprados há 8 anos. Caí duas vezes. Andei neles três.
Quanto de parva posso ter, alegre a contemplá-los, sem saber o que fazer, para neles me envolver
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Doer a alma, quando se engolem as palavras
Para quem acha que engolir sapos é a coisa mais difícil do mundo, que experimente ler isto e engolir em seco.
E eu queria voltar para fotografar melhor Paris
École Maternalle Pajol de Paris
Há sítios encantadores. Locais de sonho. Espaços de felicidade genuína. Ambiente terno. De fotografia fácil e perdição sorridente.
Apetecia-me tanto voltar a Paris. De tudo o que os livros de fadas contam, ainda nenhum me tinha contado que havia uma escola assim ...
Há sítios encantadores. Locais de sonho. Espaços de felicidade genuína. Ambiente terno. De fotografia fácil e perdição sorridente.
Apetecia-me tanto voltar a Paris. De tudo o que os livros de fadas contam, ainda nenhum me tinha contado que havia uma escola assim ...
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
E eu às vezes devia apanhar nas mãos ...
O meu entusiasmo a comprar prendas para meninas é igual à felicidade de uma formiga em cima da tampa de um xarope.
O descobrir as coisas que há 30 anos atrás teriam feito as minhas delícias, as coisas que eu só encontrava na escola e me divertiam os tempos mais ternos da vida, é qualquer coisa de me levar às nuvens e fazer ficar por lá.
Descobri carimbos. Sim, carimbos minha gente. Para elas porem em tudo o que é sítio. Em todas as folhas dos livros da escola, papéis e papelinhos. Até mesmo num cantinho da parede, lá em baixo perto do rodapé, onde ninguém vê...
Se me dessem um carimbo com bailarinas e princesas eu seria AINDA a menina mais velha mais feliz do planeta ... e às vezes tenho que apanhar nas mãos, para não ficar com os presentes que compro !
O descobrir as coisas que há 30 anos atrás teriam feito as minhas delícias, as coisas que eu só encontrava na escola e me divertiam os tempos mais ternos da vida, é qualquer coisa de me levar às nuvens e fazer ficar por lá.
Descobri carimbos. Sim, carimbos minha gente. Para elas porem em tudo o que é sítio. Em todas as folhas dos livros da escola, papéis e papelinhos. Até mesmo num cantinho da parede, lá em baixo perto do rodapé, onde ninguém vê...
Se me dessem um carimbo com bailarinas e princesas eu seria AINDA a menina mais velha mais feliz do planeta ... e às vezes tenho que apanhar nas mãos, para não ficar com os presentes que compro !
A fada dos dentes
A fada dos dentes, apesar de LADRONA* dos dentes,
pode ser tão engraçada.
E há dias, em que me apetecia !!!TANTO!!! pegar nas minhas 'pseudo sobrinhas' desdentadas e passar a tarde, ainda que cinzenta, a tirar fotos coloridas destas ...
*ladra é tão feio. ladrona é tão mais querido ...
pode ser tão engraçada.
E há dias, em que me apetecia !!!TANTO!!! pegar nas minhas 'pseudo sobrinhas' desdentadas e passar a tarde, ainda que cinzenta, a tirar fotos coloridas destas ...
*ladra é tão feio. ladrona é tão mais querido ...
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
HÁ TRÊS DIAS
... COM UM TOTAL DE SEIS HORAS DORMIDAS ...
... mandem vir a criança e a gravidez que eu já concluí o estágio !
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
O amor com que me enchem ...
e é nestes dias ao contrário, em que a mulher a dias e o guarda nocturno, ou neste melhor exemplo da guarda nocturna e do homem-a-dias, que o amor se faz e não tem tempo para se dizer.
Ela chega a casa de manhã, quando ele já saiu. Veste-lhe o robe e as pantufas de lã de borrego, cerca de 5 números acima do seu.
Arrasta os pés nas mesmas. Pesa-lhe o corpo devido à desproporção do robe. Mas passeia-se, assim pela casa, como que emoldurada pela falta que ele lhe faz.
Á noite, mal o tempo chega para estarem juntos. E muitas vezes é ainda ele que lhe prepara o jantar, lhe prepara o lanche para a noite, arruma a loiça e lhe enrola o cachecol ao pescoço.
Não neguem o amor que um homem pode ter por uma mulher. Tal como não neguem a falta que a mulher sente do seu homem.
E assim esperam os dois, encontrar-se um dia, por mais tempo, num mundo físico e real. Afastam o queixume que lhes prende a respiração e seguem, para mais um dia.
Melhores dias virão... por enquanto penduramos o amor no cabide, e seguimos em frente ...
Ela chega a casa de manhã, quando ele já saiu. Veste-lhe o robe e as pantufas de lã de borrego, cerca de 5 números acima do seu.
Arrasta os pés nas mesmas. Pesa-lhe o corpo devido à desproporção do robe. Mas passeia-se, assim pela casa, como que emoldurada pela falta que ele lhe faz.
Á noite, mal o tempo chega para estarem juntos. E muitas vezes é ainda ele que lhe prepara o jantar, lhe prepara o lanche para a noite, arruma a loiça e lhe enrola o cachecol ao pescoço.
Não neguem o amor que um homem pode ter por uma mulher. Tal como não neguem a falta que a mulher sente do seu homem.
E assim esperam os dois, encontrar-se um dia, por mais tempo, num mundo físico e real. Afastam o queixume que lhes prende a respiração e seguem, para mais um dia.
Melhores dias virão... por enquanto penduramos o amor no cabide, e seguimos em frente ...
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
Acerca do património da humanidade ...
... mas alguém come aquilo???
[e a maior causa de morte em Portugal não são as doenças cardiovasculares????]
[e a maior causa de morte em Portugal não são as doenças cardiovasculares????]
Há pessoas assim ...
Há pessoas que não se podem olhar de frente.
Que nos despem com um pestanejo, e nos infligem uma suspensão de ar no peito.
E o que mais custa é quando no meio de um consultório estamos, e a articulação entre o ar que entra e as palavras que saem [deve] ser milimétrica.
Não que lhes tenha alguma devoção. Não que por elas me apaixone. Nada disso.
É algo kármico, inexplicável, como uma dependência que ali, naquele espaço e naquele tempo não se explicasse.
Lembro-me de ter inspirado, como quem sorve o mundo, quando de mim se despediu.
E ali ficaríamos a conversar se todo o tempo do mundo em areia, numa ampulheta lenta, tivéssemos.
Que nos despem com um pestanejo, e nos infligem uma suspensão de ar no peito.
E o que mais custa é quando no meio de um consultório estamos, e a articulação entre o ar que entra e as palavras que saem [deve] ser milimétrica.
Não que lhes tenha alguma devoção. Não que por elas me apaixone. Nada disso.
É algo kármico, inexplicável, como uma dependência que ali, naquele espaço e naquele tempo não se explicasse.
Lembro-me de ter inspirado, como quem sorve o mundo, quando de mim se despediu.
E ali ficaríamos a conversar se todo o tempo do mundo em areia, numa ampulheta lenta, tivéssemos.
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
Cause my name means a warrior
Há dias em que me apetecia chamar Genoveva, Eufrádia ou qualquer uma outra série de outros nomes.
Ou o raio que o parta ...
Ou o raio que o parta ...
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
chair
Na casa da minha avó, não havia cadeiras de baloiço, nem movimentos suaves de oscilação.
Cuidava-se a tempo inteiro dos meninos e não se vacilava.
Distribuíam-se os alimentos e os afectos. As carícias e os sorrisos.
Faziam-se as nossas vontades.
Nos meus sonhos a minha avó descansaria agora numa cadeira de vai-vem, num ritmo leve e repetido. Num deleite constante de contemplação sobre o que fizemos de nós.
Nos meus sonhos a minha avó está sentada nela, a ouvir-me. Com uma manta nas pernas, porque é o único sítio onde lhe chega o frio. As mãos, destapadas, trabalham sem fim. A cabeça ... bem, a cabeça ouve tudo. A boca sorri. Como no último dia em que a vi.
Cuidava-se a tempo inteiro dos meninos e não se vacilava.
Distribuíam-se os alimentos e os afectos. As carícias e os sorrisos.
Faziam-se as nossas vontades.
Nos meus sonhos a minha avó descansaria agora numa cadeira de vai-vem, num ritmo leve e repetido. Num deleite constante de contemplação sobre o que fizemos de nós.
Nos meus sonhos a minha avó está sentada nela, a ouvir-me. Com uma manta nas pernas, porque é o único sítio onde lhe chega o frio. As mãos, destapadas, trabalham sem fim. A cabeça ... bem, a cabeça ouve tudo. A boca sorri. Como no último dia em que a vi.
Há dias assim
A obrigação leva-nos a deixar a imaginação de parte.
E é nesses [dias] que me sinto mais infeliz ...
domingo, 1 de dezembro de 2013
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