quinta-feira, 26 de julho de 2012

Não poderia imaginar ....

... que aquele concerto, tão improvável concerto, fosse o início de uma nova vida.
Olhei-o de relance, lá ao fundo, na penumbra e disse apenas, à pessoa que me queria apresentar, um 'está bem', assim em tom 'só para que me deixes em paz'. O que se seguiu foi um curto improvável que rapidamente se tornou num provável vivido e existido.
Um encontro que, antes de acontecer me fizera tilintar na mente, o que ali fazia eu. Eu, meu Deus, eu num encontro. Eu, que dissera 'à pessoa que me queria apresentá-lo', que nunca seria eu a adicioná-lo no facebook, que, se ele quisesse, ele que o fizesse, pois eu, naquele estado aturdido, nada mais esperava da vida.

Eu, que fazia eu naquele lugar?
Eu, que no final do encontro, ao descer aquele elevador, só me apetecia enfiar a mão na porta, entalar-me com força, bem ao jeito de andar aleijada uma parelha de semanas, mas em jeito, apenas, de parar o momento.


Eu, que no fim daquela descida de elevador, ao ouvir o PLIM da porta a abrir-se, apenas me perguntava, ímpia, se ainda se fazem homens assim!

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