domingo, 26 de maio de 2013

Um dia como este

Descrevo-te com facilidade as minhas manhãs.
Uma camisola larga a servir de vestido, segura num ombro que teima em perdê-la.
Os óculos, vermelhos. Desalinhados no rosto que mostra o risco do lápis que por teimosia não quis desaparecer na véspera, à noitinha, meio ensonada.
O café numa malga gigante que nos desperta e aquece do frio da manhã, na varanda nova que só vê o sol por volta do meio do dia.
A impaciência e a serenidade contraditórias, de meio mundo que há para resolver, e dos pés descalços no chão enregelado. Imutáveis. e que teimam em não prosseguir a viagem.

Um bom dia largo. É o que vos desejo.

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