... às vezes, vive-se os dias num pranto. Numa moínha. Num algo que incomoda.
Numa certeza que não é certa, mas sustentada pela aparência.
Num doer´que entorpece os sentidos e fura o saco que segura as lágrimas, num sítio exposto.
Fiz-te chorar porque sempre te quis dizer a verdade e mentir nunca te menti.
E insistes em ver-me, o que da boca sai, sem me leres a esperança que me vai no coração.
A certeza que é ânsia, que a morte chegue à praia. Como uma onda, uma maré de rompante.
Que te amaine o tremor e te deixe em paz.
Não é mal que te digo. É um desfruto lento e saboroso. Uma preparação. Uma farmacopeia de sentidos. Um entorpecimento para que não te apercebas, quando chegar.
E no fundo, eu só visto uma capa e digo o que li nos livros. E não sou eu que ali estou. E não é o que penso, o que me sai da boca.
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