segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Je vais à la boulangerie




A ultima vez que por lá entramos ainda se encontrava na rua da Madalena. Sábado percorremos meia Lisboa, a parte suja e velha de Lisboa. Sim aquela com roupa estendida a bater na cara de quem pisa os paralelepípedos desalinhados, decorados com fraldas sujas de crianças, ali deixadas à boa higiene de quem se digne apanhá-las.
Voltemos à boulangerie. O espaço encolheu. O toque, esse, mantém-se o de sempre. A decoração com livros em francês e a atmosfera de paris entre quatro pequenas paredes.
Fiquei ao balcão a comer o croissant e à espera do café que, por falta de energia da máquina, chegou mais tarde. Os olhos andaram por ali e os ouvidos ficaram parados numa conversa entre a cozinheira e uma família de franceses que ali encomendavam pão para mais tarde. Tudo em francês. Percebi-lhes tudo, fui cusca como nunca sou com as pessoas que de cá são e pouco me acrescentam aos dias.
E repentinamente a música mudou. Comecei a sorrir e depois a rir. Et voilá nous sommes avec Amelie Poulain. Tout les jours!

A minha vida será sempre um pequeno filme. O caminho será sempre o certo. E a banda sonora será sempre esta ...

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