sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

What goes around comes around

A vida às vezes é mãe, como vocês sabem. Outras tantas é madrasta mesmo. Daquelas madrastas que nos sacodem, nos fazem dilatar as pupilas de raiva, nos fazem mexer e lutar.
Não necessariamente uma madrasta má. Apenas uma madrasta que nos ensina a lutar e a valorizar o tempo de quando temos a vida como mãe.
A minha, veio com brinde. 
A vida às vezes também nos tira o chão. Mas dá-nos sempre um corrimão. Depois vês o corrimão. Olhas para baixo e vês que o chão está lá. Daqueles cheios de pregos, sobre o qual tens de aprender a andar para não te magoares. Pisar em demasia causa dor e desespero. O segredo está meramente em saber flutuar.
Todos os dias flutuo. Se piso demasiado, saio lesionada.
Há dias em que vou aos médicos. E os médicos mandam fazer exames e morro de medo e tremo, como as pessoas normais. E penso e reflicto e volto a pensar que, mesmo tentando flutuar sempre, me hei-de magoar.
Um dia, e há dias, em que hei-de ser sempre magoada, não obstante do esforço que faço para flutuar.

[hoje. apenas hoje vinha de lá e pensava na minha situação e na de outra pessoa que me é querida. Pensei naquilo que posso fazer de errado com os outros, com aquilo que faço de bem, com a justiça, com o azar e a sorte.
Pensei tanto que estou exausta.
Apenas vos posso dizer, que a vida que temos, uma parte vem do azar e da sorte. Mas uma parte - uma grande parte - vem daquilo que fazemos a nós próprios.
Podes ser muito bonzinho (ou mauzinho) para os outros. Mas no fundo, é o que te fazes a ti, que importa.

What goes around, comes around!
E eu sempre me portei bem comigo própria]

Um comentário:

  1. Cada vez mais viciada em ler cada palavrinha daquilo que escreves!!! :D
    Parabéns!!!
    (Como é que não descobri a existência do blog mais cedo?)

    ResponderExcluir