segunda-feira, 10 de março de 2014

Nos dias em que na varanda me sento ...

Faz falta parar. Desligar. Olhar para o lado e para o nada.
Na varanda apenas me passam os carros na segunda circular. Não oiço pássaros ou outro tipo de animais. Na varanda nada mais tenho que um relvado sintético. Uma cadeira de plástico para os dias de inverno e umas apetrechadas poltronas para os dias de verão, quando a chuva não estraga.

Na varanda me sento. Penso e como a gelatina com aroma de morango.
Afinal, o que é um aroma? Um cheiro, um sabor? Algo que se assemelha a outro, sem o ser de facto... E é esta intermitência que atormenta. O meio. O não ser "a" nem "bê". E preocupo-me comigo mesma. Porque quero ser um morango. Dos que crescem na sua época devida, em Junho. Com cor e sabor a época.
Não quero ser um aroma. Pois quem é um aroma, nunca chega a ter sabor, nem cheiro ...

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