domingo, 14 de abril de 2013

Sinto-lhe a falta

... do cheiro na cama. Do pé na minha perna e do braço que aterra, de manhã, sobre a minha barriga, atentando contra a integridade do colchão, prestes a ser regado ...

Do abraço quando chego a casa, e do qual me despedi há cerca de 5 horas atrás.

Das brigas, inevitáveis, do quotidiano repetido, da maneira de ser e dos feitios que muitas vezes andam à bulha. Do nervoso com que fica, da pilha de nervos que me excita no momento de ir dormir, após uma rabugentice do menino.

Não sabe o que diz, eu não sei porque o perdoo, amolecida pelo que por ele sinto, pelo quanto lhe quero bem.

Sentir saudades, sentir a falta, sentir-me perdida. Não o sei ser eu, sem ele, para ser eu, como sou com ele.
Cresci e atendo hoje à idade que tenho. À medida que o tempo passou cresci sem ele. Mas hoje, o de hoje não o sei viver sem ele.

E hoje não me procura à noite e a cama cobre de almofadas, tentando obstruir a sua passagem, ao local onde costumo deitar-me.
Casá-mo-nos e não convidámos ninguém. Nem sabemos bem o dia em que foi. Testemunhas não houveram, mas desde então assim somos. Vivências adormecidas na ausência do outro. Eu vou trabalhar com o pensamento naquilo que de sempre me pensei capaz de dissociar.

Não se aguentam as saudades ao fim destas 5 horas. Queria-te aqui e sei que te tenho. Mas preciso de te sentir.

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