sábado, 21 de dezembro de 2013

Dos dias de festa ...

Surpreende-me sempre o caminho que algumas pessoas tomam.
O mais fácil e que parece mais saboroso. As gulodices que engolem em troca de uma semi-sensação de bem estar.
O amor, a paixão, o conforto, sempre me preencheram por completo.
Chego a casa às 09, por vezes dez da noite e nem eu, nem ele jantamos ainda.
À resposta do: o que queres para jantar?, segue-se um não tenho fome, quase sempre.

Estamos bem os dois. Estamos lindamente. O que corre mal é lá fora. Mas não é certamente, por umas coisas correrem bem e as outras não tanto, que chego a casa a devorar fotografias de doces e em seguida mergulhar as mãos em pacotes de batatas e aperitivos.
Destes dias de festa também não. Nunca serei feliz se andar a vida inteira a lutar contra o peso e como o caminho se faz andando, conhecendo o que nos faz mal, deveria ser suficiente para não o fazer.

Ao longo deste ano, mais para o fim, especificando bem as datas, desiludi-me com a cantiga de felicidade falsamente emanada por uma pessoas que se apregoa feliz e depois, no fim, bem espremida, tudo o que consegui retirar dela foi um grande hambúrguer, cheio de mostrada, ketchup e batatas a acompanhar.
E, continuando a acompanhar essa mesma pessoa, por aquilo que escreve, ainda vou acrescentando uns panados fritos e coisas do género.
Já não vou lá, ver diariamente o que ela escreve. Desiludiu-me.
A felicidade é mais o que eu sinto e o que eu partilho. Não um estado de espírito que devora natas com mirtilos ou tartes de limão com compota a trespassar as bordas

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