sábado, 8 de setembro de 2012

AFINAL

Apraz-me dizer que não sou adepta de nenhum tipo de graxa.
Acabei de ler o Cemitério de Pianos de José Luís Peixoto e assim, recordei o que aprendi no secundário, ao fazer um trabalho sobre os Jogos Olímpicos.
Fantasias no corpo que nos mascarem o desempenho, o esforço pessoal, nunca serão, sob bons olhos vistos. E o resultado dos mesmo, sereno não será. Mais tarde ou mais cedo, e tomara eu que quanto mais cedo seja - melhor- cairão por terra as máscaras e armadilhas que ao corpo impingem.

Não adiro à graxa pessoal nem graxa dou aos sapatos de outros. Tudo o que faço, tal como tudo o que tenho, me saiu do suor do corpo, dos epitélios que das mãos gastei, das horas a fio que a trabalhar passei. Por isso XÔ mesquinhos.

Cobiçar o resultado, sem cobiçar o processo, o crescimento e o levedante é de fracos. Que não querem senão o fácil. Esse fácil a eles, já vi que, pouco lhes dura. 

Por isso olho para as minhas mãos, cada vez mais cheias e a consciência a transbordar, e reflito, convicta, de que o que outrora me ensinaram era, de facto, como assim o é!


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